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Seleção Nacional

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Bem decidi-me por voltar depois de ler 1 entrevista genial do Sérgio Conceição sobre a Selecção Nacional. Alguma coisa vai mal lá dentro não sei se por o Carlos Queiroz andar feito "coninhas" e jogar com estratégias defensivas de inicio quando sabe que estamos obrigados a ganhar ou se pelo discurso de "palmadinha nas costas" quando os jogadores não fazem o que devem em campo! De qualquer maneira tudo menos esse Scolari da merda e já havia alguem com colhoes suficiente para puxar a cadeira ao sr Madail. (Estou muito asneirento hoje com caralho!).
De qual forma continuo a dizer que o melhor selecionador que tivemos nos últimos tempos foi o Humberto Coelho, que não teve culpa da "trip" do Abel Xavier depois da cimentação do seu cabelo em papas de aveia ou seja lá o que for aquilo (e acho muito bem ele ir pró cinema porque o que não falta é papeis de cromos em Hollyhood!). Nessa altura jogávamos bom futebol e começamos a ser temidos no panorama mundial, com um inesperado 3º lugar! Mas como qualquer bom treinador português, conseguiram-no empurrar pela porta pequena (sim, não me esqueci do Mourinho no Benfica despedido depois de espetar 3-0 no Sporting numa altura em que não jogávamos nada...).
Dito isto, aqui está a razão pelo qual saí da reforma, um excerto de uma brilhante entrevista do Sérgio Conceição, um gajo que eu não gostava muito como pessoa, mas em campo fazia coisas muito boas.


Depois de questionados sobre que treinador escolheria de todos que teve ao longo da carreira, Conceição respondeu assim: "Eriksson? Sim, pensei nele. É um gentleman. Mas prefiro o Sacchi. Com Eriksson, joguei a época inteira e fui suplente na final da Taça das Taças. Sabe porquê? Porque ele gostava muito do Mancini e este andava quase de braço dado com o Mihajlovic, ao ponto de ter sido seu adjunto no Inter. Ora, o Mihajlovic era o melhor amigo do Stankovic, agora no Inter. Nessa final, adivinhe quem jogou? Stankovic, pois claro! Eu, banco! Eriksson é um gentleman mas não alinho com pessoas que fazem panelinha com os outros. É igual ao Scolari." E os dados estavam lançados: "Como é que vou falar de um homem que chegou a Portugal, saiu daí sem ganhar nada e ainda é bem-visto? Dou valor é ao Queiroz, que ganhou dois títulos mundiais com os juniores. E também ao Humberto Coelho. Bolas, com ele, ganhávamos a dar espectáculo. Mas alguém duvida de que o Euro-00 foi o expoente máximo da geração de ouro? Alguém duvida? Não brinquem comigo!", começou por dizer Conceição.

Mas havia mais: "Estive nove meses, mas a primeira reunião dos capitães - eu, Couto, Figo e Rui Costa - foi suficiente para o entender. Chamou-nos à parte e disse-nos que estava ali para treinar a selecção e dar o salto para um grande europeu. Mas estamos a brincar ou quê? Mas que é isto? Um homem na selecção, que deve ser um privilégio, o maior privilégio, e ele só pensava em sair para um grande da Europa. Mas brincamos ou quê? Falava em seriedade e disciplina. Aliás, afastou carismáticos, como Baía e João Pinto, com base na disciplina. Isso é tudo muito bonito, mas ele não aplicava a regra. Nos almoços da selecção, a mesa dos jogadores é sempre maior que a dos treinadores, porque há mais jogadores que treinadores. Com o Scolari, não! A nossa tinha 18/20 pessoas. A dele era maior. Mas estamos a brincar? Mas estamos onde? Ele levava os amigos brasileiros, os amiguinhos da Nike. Sim, porque ele é patrocinado pela Nike e entre um jogador da Nike e um da Adidas, escolhia sempre o da Nike. Mas depois, lá vinha com a lengalenga da disciplina. Então mas eu, que nasci em Coimbra, em Portugal, deixo-me ficar? Numa situação destas, deixo de agir? Mas estamos onde, pá? Que é isto? Ele ganhou o quê? Foi a uma final em casa e perdeu-a [Euro-04]. Mas há mais."

E o senhor que se seguiu foi Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol: "O Dr. Merdaíl. Disse Merdaíl? Enganei-me. É Madaíl, Madaíl. Depois do fiasco do Mundial-02 [Portugal eliminado na fase de grupos por EUA e Coreia do Sul], escondeu-se atrás de uma carcaça, atrás de um campeão do mundo [o Brasil venceu esse Mundial-02, com Scolari a seleccionador]. Isso é atirar areia para os olhos dos outros. Desculpe lá, mas apetece-me partir a loiça toda. Nasci aí, em Portugal, e não aceito que arruínem o nosso futebol."

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